por Silvana Vilodre GOELLNER
Fundamentada na abordagem teórico-metodológica da história cultural e dos estudos de gênero, este artigo discute a mulher e o futebol no Brasil. Objetiva evidenciar que há muito tempo as mulheres protagonizam histórias no futebol brasileiro ainda que tenham pouca visibilidade, seja na mídia, no cotidiano dos clubes e associações esportivas, na educação física escolar ou nas políticas públicas de lazer.
Para analisar a inserção das brasileiras no futebol utilizei como fontes primárias de pesquisa, documentos produzidos no início do século XX, tais como periódicos, matérias jornalísticas, livros de esportes e de educação física. Além destas fontes analisei publicações recentes sobre essa temática buscando evidenciar os vestígios e as rupturas existentes entre diferentes épocas.
Através da técnica da análise de conteúdo foi possível compreender que a associação entre o esporte e a masculinização da mulher atravessa décadas e, mesmo que em muitas situações as atletas tenham saído das zonas de sombra, ainda hoje são recorrentes algumas representações discursivas que fazem a apologia da beleza e da feminilidade como algo a ser preservado, em especial, naquelas modalidades esportivas consideradas como violentas ou prejudiciais a uma suposta natureza feminina.
Ótimo artigo da Silvana! Vale a pena ler na íntegra. Dizer que o futebol é coisa pra homem já não cabe mais, pois essa afirmação só ratifica a idéia ultrapassada de atribuir à biologia ou à natureza características que, na realidade, são construídas pela cultura e pela sociedade. Diferenças não podem significar desigualdade, preconceito e discriminação! Vamos reconstruir essas idéias através da prática do nosso futebolzinho, rsrsrs.
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